São Paulo é berço do futebol brasileiro, pois foi aqui que Charles Miller deus seus primeiros chutes em solo brasileiro. Ele ensinou aos ferroviários da São Paulo Railway (SPR) o esporte que o brasileiro mais ama até os dias de hoje. Foi lá na Água Branca, Zona Oeste da Capital, a primeira partida que se tem registro por aqui, entre os ferroviários e funcionários da São Paulo Gas Company.
Os funcionários da SPR gostaram tanto da coisa, que fundaram um time da empresa, que chegou a disputar até mesmo o Paulistão na década de 1930, como São Paulo Railway Atlético Clube. Até que, em 1946, terminada a concessão da ferrovia, o time precisava de outro nome, tornou-se, então, o Nacional Atlético Clube.
Atualmente, o Nacional figura na Série A4, última divisão, do Campeonato Paulista, mas a tradição ferroviária permanece até os dias atuais, sendo por estatuto determinado que o presidente do clube precisa ter histórico na ferrovia.
Apesar dessa bela história, forjada entre traves e trilhos, o Nacional é a única equipe de São Paulo a não ter uma merecida homenagem como nome de estação. No Ipiranga, o Clube Atlético Ypiranga dá nome a uma estação do Expresso Tiradentes, o antigo Fura-Fila; na Mooca, a estação Juventus-Mooca da Linha 10 – Turquesa da CPTM faz referência ao Moleque Travesso; e os nomes em estação seguem para os clubes grandes: Corinthians, Palmeiras, Portuguesa e São Paulo; até mesmo o Santos, que nem é um clube da Capital, conta com homenagem na Linha 2 – Verde do Metrô.
A campanha para mudança do nome da estação Água Branca, da Linha 7 – Rubi da CPTM, para estação Nacional – Água Branca já está disponível no site do clube: www.nacionalac.org.br. Preencha o formulário online e faça parte desse movimento pelo respeito à história do futebol e da ferrovia de São Paulo.
Caio Luz
Nacional: Tradição Desportiva e Ferroviária
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