Há muito se fala sobre o longo tempo que quem vive nos extremos da cidade de São Paulo leva para chegar ao Centro e a importância da descentralização dos equipamentos públicos e das ofertas de emprego. Apenas como exemplo: hoje, uma pessoa que sai às 8h da Subprefeitura Parelheiros em direção à Prefeitura de São Paulo demora pouco mais de duas horas em uma viagem feita entre ônibus e caminhada.
Nesse mesmo contexto, chegar à estação metroferroviária mais próxima pode continuar sendo um problema para quem reside no Extremo Sul de São Paulo. Atualmente, a forma mais fácil é a linha 6099-10, que passa por Parelheiros em direção ao Terminal Grajaú. Mas com o início da operação da estação Bruno Covas/Mendes-Vila Natal, uma nova linha vem fazendo falta.
Assim como com a entrega da estação Varginha se aproximando, o que deveria ser uma solução pode ser um problema, já que a estação e o Terminal atual são divididos por uma caminhada de 1.000 metros. Há, uma necessidade de aprimorarmos o olhar para a intermodalidade dos transportes e para a urbanidade que se coloca em nossas rotinas diárias.
Nossa vida cotidiana é dividida entre a mobilidade, seja ela a pé, sobre rodas ou trilhos; e o que ela nos permite fazer. Da atividade mais simples e paulistana, de ir até a padaria e pedir um pingado, até atravessar os mais de 30 quilômetros que separam o Viaduto do Chá e a Subprefeitura Parelheiros.
Urbanidade e as necessidades de quem vive nos extremos
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