A última atualização de dados do Infosiga é alarmante, principalmente para os pedestres. O Estado de São Paulo registrou, praticamente, quatro mortes por dia entre janeiro e setembro. No Código de Trânsito Brasileiro, em vigor desde 1998, o segundo parágrafo afirma: “o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos”. Mas como fazer isso acontecer, diante de dados cada vez mais críticos?
Como a própria campanha de 2024 do Maio Amarelo nos disse, “paz no trânsito começa por você”, e por cada um de nós, em um compromisso coletivo pela vida. Assim, então, é importante que cada um, seja pedestre ou condutor, assuma sua responsabilidade no trânsito.
Em agosto, no Dia do Pedestre, o Detran realizou 200 ações educativas em diversos municípios de São Paulo, tendo abordado mais de 80 mil pessoas. A educação no trânsito é, sem dúvidas, umas das principais formas de conscientização e, por consequência, de vidas salvas, mas o cenário nos mostra que não tem sido suficiente.
Enquanto estive secretário de Mobilidade em Mogi das Cruzes, conseguimos reduzir em 50% o número de mortes no trânsito, graças à efetiva atuação integrada das equipes de Educação para o Trânsito, Sinalização, Fiscalização e Engenharia de Tráfego; sendo possível destacar a Escola Mirim de Trânsito, e a distribuição de materiais informativos.
São Paulo é tão grandiosa, que costuma ser berço de inovação para o país. Sejamos, então, a mudança que precisamos, com um pacote de leis mais rígidos para o trânsito, conscientização e investimentos em sinalização e desenvolvimento viário.